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O Tempra é um automóvel da fabricante italiana FIAT. Foi lançado em janeiro de 1990 na Europa, para substituir o Fiat Regata. Derivado do Fiat Tipo (que já havia sido lançado na Europa em 1988) o Tempra era um sedã com linhas quase retilíneas, com traseira curta e bastante elevada, que era sua principal característica, típico dos italianos da época. Embora com as mesmas medidas do Tipo largura (1,695 metro) e entre-eixos (2,54 metros), era um carro mais longo, e com um porta-malas de capacidade para 550 litros. No ano seguinte, já vinham algumas melhorias de segurança, como barras de proteção lateral, assoalho reforçado e em algumas versões,e junto com essas modificações, já surgia o Tempra SW (Station Wagon) com câmbio automático de 4 marchas, e motor de 2,0 litros. Basicamente, considerando-se os anos-modelo, o Tempra foi fabricado na Itália de 1990 a 1997 e no Brasil de 1992 a 1999, sendo que a exclusiva versão brasileira de duas portas foi fabricada de 1993 a 1995 e jamais existiu na Europa.
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Tudo sobre tempra os mais lindos do brasil

 

 

FIAT TEMPRA
 
COM LUXO, PORTE E DESEMPENHO, O TEMPRA LEVOU A FIAT PARA GARAGENS ONDE COMPACTOS NÃO ENTRAVAM
 
POR FABIANO PEREIRA | FOTOS CHRISTIAN CASTANHO
 
Já debutante no Brasil, no último trimestre de 1991, a Fiat marcou seus 15 anos de atividades por aqui em alto estilo. Até então, sua linha de automóveis era constituída exclusivamente por modelos compactos originados a partir de uma plataforma comum. Assim foi com o 147, que gerou a 147 Pick-up, a Fiorino, a Panorama e o Oggi. O mesmo ocorreu com o Uno, origem de Prêmio, Elba, City e a nova Fiorino. Coube ao Tempra elevar as pretensões da marca por aqui.
 
Lançado na Itália em 1990, ele era um sedã médio baseado no Tipo e veio enfrentar os já cansados Chevrolet Monza, Volkswagen Santana e Ford Versailles. No desenho, o Fiat se destacava pela inclinação suave do pára-brisa e das colunas traseiras e, principalmente, pelo elevado porta-malas. A modernidade do projeto aparecia nos vidros rentes à carroceria e no ângulo de abertura das portas. Apesar dos apenas 4,35 metros de comprimento, o espaço interno era destaque e o porta-malas de 413 litros só perdia para o do Prêmio.
 
Vidros e travas elétricas, ar-condicionado, direção hidráulica progressiva, toca-fi tas, rodas de liga leve e até acabamento de madeira faziam parte do cardápio de equipamentos da linha Tempra, dividida nas versões básica e Ouro. Em seu teste de estréia na edição de dezembro de 1991 de QUATRO RODAS, o motor 2.0 de 99 cv do Tempra, com duplo comando de válvulas e carburação dupla, decepcionou no desempenho. O carro atingiu 166,6 km/h de velocidade máxima e acelerou de 0 a 100 km/h em 13,78 segundos. Mas essa era a versão 8V de um motor que renderia ainda mais.
 
Uma relação fi nal de transmissão mais curta amenizou certa letargia do motor quando, em setembro de 1992, surgiu a versão duas portas. Com colunas traseiras um pouco mais largas, ela nunca chegou a repetir o sucesso do sedã. Finalmente, em abril de 1993, saiu a versão 16V do Tempra, testada por QUATRO RODAS na edição daquele mês. Primeiro motor nacional com quatro válvulas por cilindro, ele já possuía injeção eletrônica multipoint e, com seus 127 cv, chegou a 191,5 km/h. O tempo de 0 a 100 caiu para 10,54 segundos. Componentes do câmbio foram reforçados, assim como a suspensão. Discos de freio vinham nas quatro rodas, auxiliados por ABS opcional. Bancos de couro, CD player e check-control também podiam ser escolhidos pelo dono. "A versão 16V aliou certa dose de luxo, esportividade e modernidade na época, a um preço razoavelmente acessível", afi rma o engenheiro catarinense Mário Trichês Júnior, dono do Tempra Ouro 16V 1995 das fotos. "Embora tenha um motor multiválvulas, o torque em baixa rotação é abundante e a potência parece maior do que a declarada, de 127 cv", diz.
 
As 16 válvulas ajudaram, mas a Fiat queria mais. Em maio de 1994, QUATRO RODAS apresentava o Tempra Turbo. Na versão duas-portas, ele trazia faróis extras de longo alcance, rodas iguais às do Uno Turbo e aerofólio, além de painel remodelado. O motor oito válvulas com injeção eletrônica e turbina Garrett T3 rendia 165 cv e superou todos os carros nacionais da época. Alcançou 212,8 km/h e foi de 0 a 100 km/h em 8,23 segundos. A suspensão foi reforçada e os freios, redimensionados. A distribuição de peso mereceu crítica. Por deixar 61% para o eixo dianteiro, propiciava saídas de frente e fazia a traseira "flutuar" em altas velocidades.
 
Em abril de 1994, o Tempra 8V 1995 abandonava o carburador pela injeção eletrônica e produzia 105 cv. Suspensão, freios dianteiros e painel eram os mesmos do Turbo e a grade ganhava um desenho mais simples. Ainda em 1994, a Fiat passou a importar a perua Tempra, com sua traseira de cortes retos e painel exclusivo. Para 1995, o motor do Turbo passou a equipar o Tempra de quatro portas na versão Stile. Em 1996, quando já se falava na aposentadoria do modelo, os faróis fi caram mais estreitos. Outros retoques vieram em 1998 - grade, párachoques, maçanetas e colunas pintadas de preto - para tentar mantê-lo interessante, mesmo com a chegada anunciada do Marea, nova geração de Fiat médio. O ano de 1999 foi o último do modelo. Refl exo dos novos tempos da Fiat, um projeto moderno, sofi sticado e inovador como o Tempra não chegou a completar uma década. Mesmo com seus atrativos, o Marea, lançado em 1998, nunca alcançou o carisma e o status do Tempra em seus melhores dias. A Fiat certamente não reclamaria de ver um pouco dessa história de renovação e superação se repetir com o futuro Linea.

 

TESTE
 
QUATRO RODAS - ABRIL DE 1993
 
 
Aceleração 0 a 100 km/h: 10,54 s 
Velocidade máxima: 191,5 km/h 
Frenagem 80 km/h a 0: 28,7 metros 
Consumo: 8,5 km/l (urbano), 11,61 km/l (rodoviário, vazio)
 
FICHA TÉCNICA
 
Motor: transversal, 4 cilindros, refrigerado a água, 1 995 cm3, duplo comando, injeção multipoint, gasolina
Diâmetro x curso: 84 x 90 mm
Taxa de compressão: 9,5:1
Potência: 127 cv a 5 750 rpm
Torque: 18,4 mkgf a 4 750 rpm
Câmbio: manual de 5 marchas
Carroceria: sedã, 4 portas
Dimensões: comprimento, 435 cm; largura, 170 cm; altura, 146 cm; entreeixos, 254 cm
Peso: 1260 kg
Suspensão dianteira: McPherson, com braços inferiores transversais e amortecedores pressurizados.
Suspensão traseira: McPherson, com braços inferiores transversais, tensores longitudinais e amortecedores pressurizados
Freios: discos ventilados (diant.) e disco rígido (tras.), servofreio e ABS
Direção: pinhão e cremalheira

 

 

Tempra um dos carros mais famosos da Fiat no Brasil
Sedã chegou em 1991 para mudar a imagem da marca no país
O Linea foi lançado em 2008 com o objetivo de ser um rival dos líderes Toyota Corolla e Honda Civic, mas o mercado mostrou que não via o sedã da Fiat como um concorrente à altura dos líderes japoneses.
 
Um reposicionamento de preços e o lançamento de novas motorizações, como o recém-apresentado e.TorQ 1.8, querem fazer o Linea encontrar seu espaço, mas os fãs mais antigos da Fiat lembram com saudade de um sedã que era sinônimo de requinte e esportividade nos anos 90.
 
O Tempra apareceu pela primeira vez em QUATRO RODAS na edição 373, lançada em agosto de 1991. A matéria assinada pelos editores Luis Bartolomais Júnior e Sérgio Quintanilha classificava o carro como “um automóvel de luxo capaz de competir em pé de igualdade com Monza, Santana e Versailles – por enquanto, os melhores do país”
Com um projeto moderno, o Tempra se destacava por sua tecnologia, que incluía um motor com duplo comando de válvulas no cabeçote, tecnologia até então usada no Brasil apenas pela Alfa Romeo. A reportagem elogiava o design atraente, o câmbio com engates precisos – ante as criticadas transmissões que equipavam outros carros da Fiat – e a estabilidade do veículo, fruto da suspensão independente nas rodas traseiras, outra primazia em relação a seus rivais.
 
Bartolomais Júnior e Quintanilha classificaram o Tempra como “símbolo de uma revolução”, instaurada por uma marca que desejava “se libertar da imagem de fabricante refém dos carros pequenos e utilitários”. Mal sabiam eles que a Fiat não só conseguiria derrubar este estigma, como tomaria a liderança de vendas da rival Volkswagen quase uma década depois.

 

Fiat Tempra, o carro mais inovador da época

Fiat Tempra 1992

O Fiat Tempra foi apresentado na Europa em no início de 1990, e chamou muita atenção pelo seu design até então inovador para a época, caracterizado pelas linhas retas e bem resolvidas, com as laterais sem friso além da traseira elevada. Internamento o espaço interno e os equipamenso oferecidos agradavam bastante. Confira um pouco mais da história deste sedan:

Fiat Tempra Turbo 1994

O Fiat Tempra foi lançado no Brasil em 1993, trazendo várias inovações, ele foi o primeiro carro feito no Brasil que tinha motor 16 válvulas (versão Tempra Ouro), o motor 2.0  de 8v desenvolvida 105 cv, já o propulsor 16 válvulas tinha 127 cv, acelerava de 0 a 100km/h em 9.2 segundos.

Entre os equipamentos o Tempra contava com ar-condicionado digital, check control, freio a disco nas quatro rodas com ABS, teto solar e bancos e revestimentos em couro.

Interior do Fiat Tempra Turbo

O Tempra Turbo, foi o primeiro sedan brasileiro a trazer motor turbo de fábrica, este motor tinha um ótimo desempenho, gerava 165 cv de potência, e segundo a Fiat acelerava de 0 a 100km/h em menos em 8.2 segundos, tendo velocidade máxima de 220km/h, apesar de testes feitos pela revista Quatro Rodas registraram apenas 212km/h. Ele foi durante muito tempo o carro mais veloz do Brasil.

 

Fiat Tempra SW

No final do ano de 1994 a Fiat lançou no Brasil o Tempra SW, versão perua da Tempra, apesar do modelo ter um enorme porta-malas, e um completo pacote de itens de série como painel digital, ar-condicionado digital, airbag frontal e freios a disco nas 4 rodas com ABS e EDB. Mesmo assim esta versão não implacou no mercado, boa parte disto pode ser justificado pelo design que dividia opiniões. A Tempra SW foi importada de 1995 até o início de 1996. Era equipada com motor 2.0 de 109 cv.

Interior Tempra SW

 

Fiat Tempra 1995

 

Em 1995, o Tempra passou por uma pequena reestilização, ganhando uma nova grade frontal, além de ter seu painel totalmente redesenhado. Outra novidade que chegou neste mesmo ano foi o Tempra coupe (Tempra Turbo 2 portas), que trazia o motor 2.0 16v Turbo, mas esta versão teve vida curta no mercado e logo saiu de linha, sendo substituida pelo Tempra Stile Turbo com 4 portas, este que produzido até 1997.
No final de 1996 o Tempra perde boa parte do seu mercado com a chegada do novo Vectra, lançado no segundo semestre de 1996, e trazia desenho e mecânica em níveis superiores ao do sedan da Fiat, que então começou a perder espaço perante ao público a cada mês.
 
Fiat Tempra 1997
Em 1997 a Fiat fez algumas mudanças nas versões da linha Tempra, chegaram as versões de entrada SX, 2.0 8v (105cv) e 2.0 16v, esta trazia bem menos equipamentos que a versão HLX que era oferecida como top de linha.
 
 
Em 1998 o Tempra passou pela sua última reestilização, trazendo leves mudanças na parte frontal com um novo para-choque, além de alguns outros retoques, os revestimentos interno também eram novos, tinham agora novos tecidos e padronagens. Nos primeiros trimestre de 1998 a versão Turbo Stile finalmente sai de linha.
O Sedan não conseguia mais fazer frente a chegada do Honda Civic e Toyota Corolla que passaram a ser produzidos no País, o fim do Tempra já estava anunciado.
 
Fiat Tempra 1998
Fiat Tempra 99, foi a última geração do sedan, trazia novos faróis e grades, ficou no mercado até o final de 1998
Foi quando em maio de 1998 o Tempra sai de linha oficialmente com a chegada do Marea, que substituiu o sedan na Europa desde a metade de 1997. Mas esta é outra história.

 

 

O sedã Tempra, da Fiat, tem uma trajetória controversa e deixou um sucessor fracassado, o Marea, mas até hoje é encarado como um carro diferente no mercado nacional dos últimos 20 anos. Uma de suas inovações foi o painel de instrumentos digital, muito antes de a Citroën e a Honda difundirem o sistema no Brasil. Também marcou época a "torcuda" versão com motor 2.0 turbinado, exibida nesse vídeo pelo repórter Marcello Sant'Anna, juntamente com uma rara unidade do Tempra SW. Os dois carros são de membros do Tempra Club, fundado em 1998 e com sede em Curitiba (PR), hoje com mais de 2.000 sócios. Veja também reportagem do Auto+ com o Clube do Omega


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